Mistério sem Fim: Adolescente Vitória é Morta com Tiro na Cabeça e Suspeito é Solto por Falta de Provas – Quem Matou a Jovem de 17 Anos?
Santa Fé do Sul, SP – 11 de dezembro de 2025 – Um crime que chocou a pequena Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, ganhou contornos ainda mais sombrios nesta semana. Vitória Correia da Silva Paes, uma adolescente de apenas 17 anos cheia de sonhos e vitalidade, foi encontrada morta há quase seis meses, com um tiro na cabeça, dentro da própria casa. O namorado, Eduardo Doce Ferreira, de 40 anos, foi preso em flagrante como principal suspeito de feminicídio. Mas, em uma reviravolta chocante, a Justiça o colocou em liberdade no dia 10 de dezembro por falta de provas concretas. Agora, o caso permanece um enigma: quem ceifou a vida da jovem? A família clama por justiça, e a cidade inteira se pergunta se o assassino ainda anda solto pelas ruas.
O pesadelo começou na madrugada de 22 de junho de 2025, por volta das 6 horas da manhã, na Rua 1, um bairro residencial tranquilo de Santa Fé do Sul. A Polícia Militar foi acionada para a residência de Eduardo Doce Ferreira após o homem, em pânico, ligar para relatar uma tragédia. Ao chegarem, os agentes se depararam com uma cena de horror: Vitória jazia caída no banheiro, sob a pia, já sem vida, vestida com roupas de dormir e com um ferimento fatal de arma de fogo na cabeça. Curiosamente, uma faca estava em sua mão, e o banheiro apresentava sinais de um banho recente – detalhes que, desde o início, levantaram suspeitas sobre a versão contada pelo companheiro.
Eduardo, preso em flagrante no local, alegou inocência imediata. Segundo ele, havia saído de casa por volta das 5h para buscar um lanche e, ao retornar, ouviu um barulho semelhante a disparos próximo ao Corpo de Bombeiros. Ao entrar, encontrou a namorada já morta. “Eu amava ela, não faria isso”, desabafou o suspeito aos investigadores, negando qualquer envolvimento. A casa não apresentava sinais de arrombamento, o que reforçou a hipótese de crime passional. A ocorrência foi registrada como feminicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil e dificuldade de defesa da vítima.
A Polícia Civil de Santa Fé do Sul assumiu o caso com urgência. Peritos do Instituto de Criminalística foram ao local, coletando provas como a arma de fogo encontrada na residência, projéteis e vestígios biológicos. Relatos da família de Vitória pintaram um quadro alarmante: a mãe da jovem, em depoimento emocionado, revelou que a filha sofria agressões físicas constantes por parte de Eduardo, que era tomado por ciúmes excessivos. “Ele a ameaçava de morte o tempo todo. Vitória vivia com medo”, contou a genitora, com a voz embargada. Amigas da vítima corroboraram, afirmando que Eduardo já havia sido visto em acessos de raiva e que Vitória temia que ele possuísse uma arma. Esses testemunhos transformaram o caso em um dos mais comentados da região, com a delegada responsável pela investigação, , declarando em entrevista coletiva: “As evidências apontam para o acusado como autor intelectual. Estamos lidando com um possível extermínio familiar, motivado por controle e possessividade”.
Uma semana após o crime, em 30 de junho, a polícia realizou a reconstituição dos fatos na própria residência. Eduardo foi levado algemado ao local, onde recriou sua versão dos eventos sob o olhar atento de investigadores e psicólogos. A simulação durou horas e expôs inconsistências: por que o banheiro estava molhado se Vitória ainda usava pijama? Como a faca acabou em sua mão? E o laudo balístico, aguardado ansiosamente, não conseguiu ligar a arma de forma irrefutável ao projétil no corpo da vítima. Apesar da prisão preventiva convertida em 23 de junho, as provas circunstanciais – como o histórico de violência doméstica – não bastaram para sustentar a acusação.
Avançamos para 10 de dezembro de 2025, e o golpe final veio do Poder Judiciário. O juiz responsável pelo caso, ao analisar o pedido de habeas corpus da defesa de Eduardo, concedeu liberdade ao suspeito por ausência de elementos probatórios suficientes. “A Justiça não pode manter alguém preso sem base concreta”, justificou o magistrado em despacho sigiloso. Eduardo saiu da cadeia sem algemas, mas sob o peso de olhares acusadores. A família de Vitória, devastada, reagiu com indignação. “Isso é uma piada? Minha filha morreu nos braços dele, e agora ele anda livre? Quem garante que não vai acontecer de novo?”,
O que resta é um vazio angustiante. A investigação segue aberta, mas sem novas pistas. A delegada Mendes admite: “Estamos reavaliando todos os ângulos, incluindo possíveis testemunhas não identificadas. Não paramos até encontrar a verdade”. Enquanto isso, Santa Fé do Sul, uma cidade de contrastes entre o sossego do interior e as sombras da violência doméstica, reflete sobre o caso. Vitória, que sonhava em estudar e escapar do ciclo de abusos, tornou-se símbolo de tantas mulheres silenciadas.
Quem matou Vitória? Foi um crime passional, um acerto de contas ou algo mais sinistro? A resposta pode estar nas ruas que ela tanto amava – ou nas sombras que a ceifaram. A cidade espera, e a justiça, urge. Se você tem informações, ligue para o Disque Denúncia: 181. A memória de Vitória clama por respostas.
