Erro em Medicação: Paciente de Santa Fé do Sul Sofre Reação Alérgica Grave Após Internação por Hemorragia
Santa Fé do Sul, SP – 01 de dezembro de 2025 – Uma paciente de Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, vive um verdadeiro pesadelo após ser vítima de um suposto erro médico em um hospital local. Dona Rosiani, como é conhecida, alega ter sido medicada com substâncias às quais é alérgica, resultando em uma reação alérgica severa que cobriu seu corpo de bolhas, coceira intensa e manchas roxas na pele. O incidente ocorreu durante uma internação de emergência para tratar uma hemorragia, e a paciente já anuncia intenção de acionar a Justiça contra a unidade de saúde.
De acordo com o relato da vítima, obtido pela reportagem, Dona Rosiani, foi internada devido a uma hemorragia interna grave. Durante o tratamento, ela recebeu transfusão de sangue – popularmente conhecida como “bolsa de sangue” – e foi submetida a uma série de medicações intravenosas para estabilizar sua condição. “Eu avisei a equipe que sou alérgica a dois tipos de remédios específicos. Sempre carrego uma pulseirinha e o histórico no prontuário, mas parece que ninguém verificou”, desabafou , ainda em recuperação em casa, com a voz embargada pelo trauma.
Poucas horas após a administração de uma das doses, os sintomas começaram a se manifestar de forma agressiva. “Meu corpo inteiro encheu de bolhas vermelhas e inchadas, como se fosse uma queimadura. A coceira era insuportável, eu mal conseguia me mexer. E o pior: a pele ficou roxa em várias partes, especialmente nas pernas e braços. Foi horrível, pensei que não ia sobreviver”, descreveu Dona Rosiani. A família, em pânico, acionou a equipe médica novamente, que, segundo relatos, administrou antialérgicos e corticoides para conter a reação. Felizmente, após dois dias de monitoramento intensivo, a paciente recebeu alta, mas as marcas físicas e emocionais persistem.
Uma Reação que Poderia Ter Sido Evitada?
Especialistas em alergologia consultados pela reportagem confirmam que os sintomas relatados são clássicos de uma alergia medicamentosa grave, também conhecida como farmacodermia ou urticária induzida por drogas. “Reações como urticária generalizada, com bolhas, prurido intenso e descamação ou manchas roxas (púrpura), surgem quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a um medicamento, liberando histamina e outras substâncias inflamatórias”, explica a Dra. Brianna Nicoletti, alergista pela USP, em material recente sobre o tema. Em casos extremos, como o descrito, pode evoluir para síndromes mais perigosas, como a de Stevens-Johnson, que compromete mucosas e órgãos internos, ou até anafilaxia, com risco de morte.
A alergia a medicamentos é mais comum do que se imagina: estima-se que 30% da população mundial tenha algum tipo de hipersensibilidade, e antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios são os principais vilões. No contexto hospitalar, erros como a administração inadvertida de fármacos alergênicos ocorrem por falhas no histórico clínico ou na comunicação entre a equipe. “O paciente deve sempre informar alergias, e os profissionais têm o dever de checar o prontuário. É uma questão de protocolo básico”, reforça a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), que alerta para a importância de testes alérgicos prévios em casos de risco.
No caso de Dona Rosiani, a transfusão de sangue pode ter sido um fator agravante, pois medicamentos profiláticos, como anti-histamínicos ou esteroides, são rotineiramente administrados para prevenir reações. No entanto, se um dos itens da lista de alergias foi ignorado, o episódio configura negligência, segundo advogados especializados em direito médico.
