Injustiça em Santa Fé do Sul: Casal com Gêmeos Condenado Apesar de Confissão do Próprio Pai que Admite Mentira.
Injustiça em Santa Fé do Sul: Casal com Gêmeos Condenado Apesar de Confissão do Próprio Pai que Admite Mentira.
A história ganhou repercussão local após uma reportagem veiculada na Rádio Dinâmica FM 104,7, que detalhou como uma simples ajuda familiar se transformou em uma cilada judicial, deixando dois gêmeos de poucos 8 anos à beira de serem encaminhados a um orfanato.
Tudo começou como um gesto de solidariedade dentro da família. Seu Júlio, um aposentado emprestou seu cartão de crédito à filha, de 28 anos, e ao genro, de 30, para que realizassem uma compra no valor de R$ 4 mil. O objetivo? Sanar um empréstimo anterior do qual a filha havia se tornado fiadora, evitando que a dívida se acumulasse e comprometesse o sustento da família. “Era só uma forma de ajudar os meninos a não afundarem em problemas financeiros.
Mas o que parecia um acordo informal virou pesadelo dias depois. Sob pressão de circunstâncias não esclarecidas – que a família descreve como uma “cilada armada por terceiros mal-intencionados” –, Seu Júlio registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Santa Fé do Sul, acusando a filha e o genro de furto e apropriação indébita. O caso tramitou rapidamente pela Justiça, e, em uma decisão que chocou a comunidade, o casal foi condenado. “Nós nem entendemos como isso foi para frente. Foi uma denúncia precipitada, e agora estamos pagando com nossa liberdade e a dos nossos filhos”, desabafa Genro, pai dos gêmeos de 8anos, enquanto segura fotos das crianças brincando no quintal da casa modesta onde moram.
Seu Júlio, ao tomar conhecimento da sentença, decidiu corrigir o erro. Arrependido, o idoso procurou um cartório e lavrou uma escritura pública, reconhecida em firma, na qual confessou integralmente a verdade: ele havia autorizado o uso do cartão e afirmava, textualmente, que “o casal não furtou nada; foi tudo com minha permissão e boa-fé”. O documento, foi apresentado à Justiça como prova cabal de inocência.
Não bastasse isso, em uma audiência de revisão marcada para julho, Seu Júlio compareceu pessoalmente perante o juiz responsável pelo caso. Diante do magistrado e das partes envolvidas, o pai repetiu sua confissão: “ Minha filha e meu genro são inocentes; eles nunca me roubaram. Peço que retirem essa acusação que eu mesmo criei”. A sessão, gravada em ata judicial e acessível ao nosso portal por meio de fontes próximas ao processo, durou menos de uma hora. Testemunhas presentes descrevem um clima de tensão, com o juiz ouvindo atentamente, mas optando por manter a condenação original. O homem que nos acusou estava ali, dizendo que mentiu, e ainda assim fomos condenados. Como isso é possível?”, questiona a filha de Seu Júlio, com lágrimas nos olhos, enquanto os gêmeos, alheios ao drama, correm pela sala.
Para ilustrar o quão paradoxal é essa situação, relembramos os principais trechos da audiência de julho, conforme transcrição oficial obtida por nossa equipe: