Queimadas Irregulares em Santa Fé do Sul: População Cobra Soluções da Prefeitura e Órgãos Responsáveis.
Santa Fé do Sul, SP – A prática de queimadas de galhos provenientes de podas de árvores tem se tornado um problema recorrente na Estância Turística de Santa Fé do Sul, gerando insatisfação e prejuízos para moradores, especialmente nas áreas próximas aos locais onde os resíduos são depositados. Apesar de existir uma lei municipal que proíbe queimadas, a prática persiste, e a população cobra providências urgentes da Prefeitura, da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, e da Polícia Militar Ambiental.
Segundo denúncias, a Prefeitura é responsável pela gestão do local onde os galhos são depositados, mas a falta de infraestrutura adequada agrava a situação. O triturador disponível não dá conta do volume de resíduos, levando ao uso de queimadas como solução, mesmo sendo uma prática ilegal. A fumaça gerada tem causado transtornos à saúde dos moradores, além de prejuízos materiais e medo nas propriedades vizinhas, devido ao risco de propagação do fogo.
A equipe do Edson Ferreira Notícias tem acompanhado diariamente os casos, trazendo à tona a indignação da comunidade. Moradores relatam que a fumaça constante prejudica a qualidade do ar, provoca problemas respiratórios e compromete a segurança, com o receio de que as chamas se alastrem para áreas residenciais ou rurais. “É insuportável. A fumaça entra nas casas, e o medo de um incêndio é constante. Precisamos de uma solução definitiva”, desabafa um residente da região afetada.
Apesar das reclamações, os órgãos responsáveis têm se mantido em silêncio. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, que deveria liderar ações de gestão sustentável dos resíduos, não apresentou respostas concretas ou planos para resolver o problema. A Polícia Militar Ambiental, que tem a atribuição de fiscalizar crimes ambientais, também não se manifestou sobre a possibilidade de multar o município pelas queimadas irregulares, mesmo com a clara violação da legislação. A Guarda Civil Municipal, responsável pela fiscalização local, parece incapaz de coibir a prática sozinha, enquanto a Prefeitura, como gestora do espaço, não oferece alternativas viáveis para o descarte adequado dos galhos.
A Lei Municipal que proíbe queimadas, conforme noticiado pelo site Informa Mais, foi proposta pelo vereador Sabão com o objetivo de proteger a saúde pública e o meio ambiente, diante das constantes reclamações dos moradores. No entanto, a falta de fiscalização e de alternativas, como a ampliação da capacidade de trituração ou a criação de novos pontos de descarte, tem tornado a legislação ineficaz.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente já demonstrou esforços em outras áreas, como a ampliação do Aterro Sanitário e parcerias para projetos ambientais, como o firmado com a CTG Brasil. Porém, no caso das queimadas, a ausência de ações práticas mantém a população desassistida. A Polícia Militar Ambiental, por sua vez, atua em iniciativas como a Atividade Delegada Rural, que inclui a fiscalização de crimes ambientais, mas não há registros de multas aplicadas ao município por essas infrações.
A comunidade exige que a Prefeitura invista em soluções sustentáveis, como a aquisição de trituradores mais potentes, a criação de um sistema eficiente de coleta e reciclagem de resíduos orgânicos ou a destinação adequada dos galhos para compostagem. Além disso, cobram da Polícia Ambiental uma postura mais rigorosa, com a aplicação de multas ao município, se necessário, para forçar a adoção de medidas efetivas.
Enquanto as autoridades permanecem inertes, os moradores de Santa Fé do Sul continuam sofrendo com os impactos das queimadas. A situação exige uma resposta imediata e coordenada entre a Prefeitura, a Secretaria de Meio Ambiente, a Secretaria de Agricultura e a Polícia Ambiental. A população espera que o município, conhecido por sua vocação turística e ações de preservação ambiental, como o Programa Município VerdeAzul, honre seu compromisso com a sustentabilidade e a qualidade de vida de seus cidadãos.
Edson Ferreira Notícias segue acompanhando o caso e promete manter a população informada sobre qualquer avanço. Até lá, a pergunta que ecoa é: até quando os moradores terão que conviver com a fumaça e o descaso?