Fechamento dos Supermercados em Santa Fé do Sul: Um Retrocesso para a Estância Turística?
Santa Fé do Sul, uma cidade reconhecida por sua estância turística, rios exuberantes, e eventos marcantes como o “Sonho de Natal”, se destaca como um polo promissor para investimentos e desenvolvimento econômico. No entanto, a recente decisão dos grandes supermercados da cidade de não abrir as portas neste domingo, 25 de agosto de 2024, suscita uma série de preocupações e críticas sobre a condução das políticas locais, o respeito ao consumidor, e o futuro do turismo na região.
Em um cenário onde a cidade se orgulha de ser referência para outras localidades do estado de São Paulo, atitudes como esta demonstram uma preocupante falta de sintonia entre o interesse privado e o bem-estar coletivo. A decisão, tomada sem qualquer consulta prévia à população ou consideração do impacto que essa medida pode ter no cotidiano dos moradores e visitantes, revela uma miopia empresarial que, em última análise, poderá prejudicar mais do que beneficiar a economia local.
O que Santa Fé do Sul ganha ao fechar seus supermercados em um domingo? Em uma cidade que se apresenta como destino turístico, a disponibilidade de serviços essenciais, como supermercados, é crucial para manter a atratividade da região. Ao desconsiderar isso, os empresários podem estar dando um tiro no pé, afastando tanto os consumidores locais quanto os turistas que buscam conveniência e acessibilidade durante sua estadia.
Além disso, a falta de reação por parte da Associação Comercial, do SimComércio e da Prefeitura Municipal é alarmante. Essas instituições, que deveriam estar na linha de frente para defender os interesses da população e promover o crescimento econômico, parecem estar complacentes com uma decisão que claramente não atende aos melhores interesses da cidade.
A ausência de um posicionamento firme da imprensa local apenas agrava a situação. Em um momento em que o debate público deveria ser estimulado, o silêncio midiático pode ser interpretado como um sinal de conivência ou, no mínimo, de omissão.
A decisão dos grandes supermercados pode ter um efeito cascata. Pequenos comerciantes, que dependem do movimento de consumidores que visitam os grandes estabelecimentos, também podem optar por fechar suas portas. Este movimento só contribui para um ciclo vicioso de declínio econômico e enfraquecimento da imagem da cidade como um polo turístico dinâmico.
Se medidas não forem tomadas para reverter essa situação, Santa Fé do Sul corre o risco de comprometer sua vocação turística e econômica. A falta de supermercados abertos aos domingos é apenas o sintoma de um problema maior: a desconexão entre os interesses econômicos dos grandes empresários e as necessidades da comunidade local.
Santa Fé do Sul, com sua rica história e potencial, merece mais. A cidade precisa de líderes que entendam que o crescimento econômico deve ser inclusivo e que o desenvolvimento de uma estância turística depende, acima de tudo, de serviços que atendam às necessidades de seus cidadãos e visitantes. A continuar nesse ritmo, a promessa de um futuro próspero pode se transformar em um retrocesso irreversível.